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27 de abril de 2010

Homenagem - Onofre da Candinha

Natural e justo estabelecer-se um dia do ano para homenagear os negros do Brasil. Mas o justo mesmo seria, homenageá-los todos os dias. A história de Brazópolis está repleta de heróis negros. Queria poder citar todos, mas certamente cometeria injustiças. Vou então contar uma história que, talvez, pouca gente conheça:
Um bando de crianças brincando na linha do trem, que sempre passava com hora marcada. De vez em quando uma delas encostava os ouvidos nos trilhos para saber se o trem já vinha. Daí todas saíam para as margens da linha prá dizer adeus aos que partiam.
Numa tarde, um trem veio sem hora marcada. As crianças, entretidas na brincadeira, não viram o perigo. As mães, sempre atentas, ouviram o apito e correram ao encontro dos filhos que,nem entenderam o que estava acontecendo. Uma delas, grávida de nove meses, não conseguiu chegar a tempo de tirar sua caçula da frente do trem...
De longe, um homem previu a tragédia. Enquanto outros gritavam e entravam pra não ver o acidente, este bravo homem, destemido, pulou nos trilhos, arrancando a garota assustada da frente do trem. Aí nascia um herói. Já era amigo querido da família, virou compadre dos pais agradecidos.
Quem é este herói?
É uma das pessoas mais geniais que Brazópolis já conheceu. Era negro, magro, baixinho, inteligente, prestativo, bem-humorado e rápido como o capeta. Tocava cavaquinho como ninguém. Se houvesse um concurso de alegria, presteza, competência e precisão, o vencedor somente poderia ser esse pequeno grande herói, Onofre Tomaz Pereira, o Onofre da Candinha.
Através desse nosso querido herói negro, homenageamos a todos os negros de nossa cidade no dia da “Consciência Negra”.
(A criança salva por Onofre é Elisa Helena, filha de Teresa Noronha e Adolfo Girassol, que na época tinha 1 ano e meio de idade).

Um comentário:

Anônimo disse...

oNOFRE DA CANDINHA,FOI GRANDE AMIGO DE TODOS NOS.LEMBRO MUITO BEM DELENAS RUAS DA CIDADE,COM SUA CESTA DE LAMBARIS PAMONHA E REALMENTE LIGERINHO COMO CRIANÇA GRANDE PASSANDO EM FRENTE DE CASA.AS VEZES EM UM FINAL DE TARDE RESOLVIA PARAR PARA CONVERSAR ORAS E ORAS COM PESSOAS QUE ELE CONFIAVA E CONSIDERAVA,PORQUE ELE ERA ASSIM SABIA O QUE FALAR E QUEM DEVERIA OUVIR E SER OUVIDO E A PROSA ROLAVA.NAO FAZIA CERIMONIA NA HORA DA FOME COM TODO SEU JEITO BRINCALHAO SENTAVA A MESA E DIZIA:POE COMIDA AI.FIQUEI FELIZ DE SABER DA BOA AÇAO PRATICADA POR ELE E SENDO LEMBRADO COM TANTO CARINHO DA CÇ HJ CRESCIDA,ADULTA E COM MUITOS SONHOS NA VIDA.FELICIDADES!

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