Acordo,
Abobalhado,
E levanto autômato...
Vou em direção à janela,
Meia aberta
Vejo o mundo,
Esquadrinhado pelo beiral
E pela folha fechada.
Constato,
Abestalhado,
Que o infinito é azul...
Meus olhos,
Ingênuos,
Filhos de pai da mesma estirpe
Viram fontes moribundas
Que gotejam lágrimas inúteis
Nas florestas destruídas.
Encosto a folha aberta
Tudo fica escuro...
Deito-me,
Posso morrer,
Mas o infinito é azul...
Agenor Eugênio Noronha Dias
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