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AQUI, FÁTIMA NORONHA TRAZ NOTÍCIAS DE SUA PEQUENA BRAZÓPOLIS, CIDADE DO SUL DE MINAS GERAIS.

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26 de abril de 2010

POR ONDE ANDA VOCÊ? - Alessandro Martins


Sou Alessandro, filho de Mercedes Martins e João Carlos de Almeida, meus pais são há um longo tempo separados, e minha linda mãe ainda vive em Brazópolis, sozinha agora, pois todos (eu e minhas irmãs) nos formamos e tivemos que sair para trabalhar. Minhas irmãs são as belas Flávia e Déborah, ambas vivem hoje em São José dos Campos, trabalhando e estudando bastante. Fiz a Escola Técnica até 1997 quando me formei em Telecomunicações, logo em seguida em 1998 fui para São Paulo. fazer entrevistas.
Por que se mudou de Brazópolis? A necessidade sempre foi a maior razão de minha mudança. Brazópolis desde aquela época foi e ainda é incapaz de aceitar grandes indústrias que ali batem a porta. A falta de emprego faz com que todos saiam à busca, e comigo não foi diferente. Hoje moro em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, bem próximo à casa de quem futuramente será a minha esposa: Roberta (linda e especial). Como o mundo gira, hoje trabalho na indústria do Petróleo, e a cada 15 dias de trabalho estou em algum lugar desse mundo fazendo o meu trabalho de perfilagem e perfuração de poços, sejam eles, de óleo ou gás. Cada dia diferente do outro, conhecendo todo tipo de gente mundo a fora. Muito bom.
De que mais sente saudades na cidade?Tenho saudade de tudo nessa bela cidade, dos tempos em que brincava na Praça do Mercado com os amigos, na Praça da Matriz jogando vôlei no anfiteatro, das pessoas que carrego sempre e sempre no coração, das noites de boa música seja em qual bar fosse a cantoria, da Escola Técnica e os amigos que ali fiz, do time do Tinola e do João Vianney (eu era e continuo sendo horrivel jogando futebol), das idas e vindas pra roça com os amigos, de pular no lago do Vitor Visoto (hoje Sitio Santa Helena) e claro da boa comida da D. Florita, do Coral Vozes de Euterpe e o Zé Vilela, dos tempos em que tudo era mais simples e sem complicação: claro, quando Brazópolis não precisava de mais nada senão aquela tranqüilidade que sempre terá...
Com que freqüência vem pra cá? Puxa, hoje em dia está cada vez mais difícil, porém, sempre existem datas especiais, casamentos de amigos e feriados... E quando alguns desses pontos coincidem com a minha folga, lá estou eu e a Beta saindo rumo a Brazópolis.
O que fazia antes e o que faz agora? Antes eu trabalhava na minha área em Telecomunicações, na qual fiquei bastante tempo e em grandes empresas; depois de uma grande mudança na minha vida, após o intercambio cultural que fiz, mudei para a área de exploração de petróleo, a qual vem abrindo muitas portas, não apenas aqui no Brasil como no mundo todo.
Uma coisa ruim de Brazópolis. Falta vontade política. Estou na torcida para que o próximo governo possa mudar os rumos da nossa querida Brazópolis, quero dizer: focar em algo e acreditar, seguir aquilo como uma meta! Sem as "viagens-na-maionese" que todos estamos cansados de ouvir e ver quando aí estamos.E mais uma coisa incomoda a mim e todos que nas nossas rodas de conversa: chega de comodismo. Que levantem e façam algo por Brazópolis. Parem de acreditar em Papai-Noel e vão a luta. Só assim se consegue algo nessa vida: nada cai do céu, nem mesmo em contos de fadas. Não fazer nada deixa as pessoas alienadas... É isso.
Uma coisa boa de Brazópolis. Ver que algumas pessoas arregaçam as mangas e vão a luta. Saber que Brazópolis tem uma das maiores riquezas desse país, uma natureza vasta e repleta de recursos. Sem essas coisas a cidade hoje estaria morta.
Um personagem brazopolense, da atualidade, que você admira. Puxa, há poucos dias tive o prazer de encontrá-lo em Brazópolis e dizer a ele pessoalmente que eu o admirava muito, e sempre o farei com carinho. Francisco Régis Noronha. Eu gostaria de ter 1% (um por cento) da maestria desse grande professor. Um gênio. Uma pessoa única. Tenho uma grande admiração por ele.
Um personagem brazopolense, do passado, que você admira. Esse é bem pessoal, para aqueles que viveram no nosso grupo de amigos, nos tempos de Grupão, e meados de Colégio, existiu um cara muito gente fina. Eu o chamava de Joaquim, e os parentes e alguns amigos o chamavam de Juninho mesmo. Um cara super simples que ali na Estação morava, muito humilde seguia a vida sempre sendo honesto com todos. De fisionomia magra sempre estava alegre e gentil. Não me esqueço o dia em que ganhamos no Bingo da festa Junina do Grupão e fomos até à minha casa dividirmos o frango assado e os doces (essa, minha mãe vai lembrar)... Pena que a vida nos tirou esse grande amigo muito cedo. Saudades desse cara...
Se você pudesse mudar alguma coisa aqui, o que mudaria? Brazópolis precisa muito de pessoas que a queiram melhor e não os que ali se encostam e vêem a vida passar. Se a cidade quer ser turística que haja investimentos para o tal, agora se quer ser industrial, que assim seja, outrora queríam-na como agrícola. Resumindo: Qual é o foco dessa cidade? Sabemos que há muito tempo o que paga as contas da cidade é a produção agrícola, então que melhorem as estradas rurais de quem pagam as nossas contas por exemplo. Se querem um pouco de turismo, divulguem o que há de melhor na cidade, não deixando de investir na infra-estrutura, claro. E não esquecendo que a cidade precisa de gente trabalhando, e certas indústrias têm seu espaço na cidade, basta dialogar e trazê-las... Não queremos que aconteça o que há muitos e muitos anos fizeram para que o progresso não chegasse a nossa cidade dizendo que tudo isso iria trazer violência e tudo de ruim que se podia imaginar. Aliás, antes que eu me esqueça, sem esses investimentos de passado, hoje a cidade vive numa situação alarmadora quanto à segurança e falta de progresso, que nossos olhos estejam sempre abertos.
Pretende voltar um dia? Claro, nem que seja no pó da cremação... Eu amo e defendo Brazópolis. Pra mim é a capital do Sul de Minas (frase roubada), desculpas aos amigos de Itajubá, mas nessa hora sou bairrista mesmo. Queria mesmo era voltar antes, mas o trabalho e as responsabilidades extras que adquirimos com o passar do tempo atrapalham um pouco, porém, um dia estarei de volta com força pra ajudar a viver essa bela cidade com orgulho de todos que nela moram.
Deixe uma mensagens aos Brazopolenses. Não existe uma mensagem certa, mas aqueles que realmente acreditam nessa cidade, assim como eu, que na possibilidade de fazer algo por ela: façam! Essa cidade me educou e muito do que sou hoje aprendi aí. Tenho orgulho de Brazópolis, mesmo tendo nascido do outro lado da fronteira, digo, Campos do Jordão, me considero brazopolense de coração. Tudo que mais amo na vida tem raízes nessa cidade. Minha mãe ainda vive por aí. Meus amigos e eu, sempre que possível, sabemos que nessa cidadezinha nos encontramos, seja num feriado ou mesmo no Carnaval, com o belo CF desfilando na avenida... Enfim, a cidade tem o seu valor e deve ser respeitada. Pessoas boas vivem com pessoas boas, e nessa cidade isso é possível. O que não pode acontecer é ficarmos de braços cruzados, essa cidade nos fornece de tudo... Brazópolis quer mais de nós mesmos, e isso devemos a ela.

2 comentários:

Rogéio Z. disse...

Você também Alexandro, já que está podendo, deveria fazer alguma coisa que ache necessário para melhorar Brazopolis.Mãos a obra garotão!

Anônimo disse...

sou suspeita de falar, mas pra mim o vanderlei do matadouro(pai) é o mais popular!

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