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25 de janeiro de 2011

20 e poucos anos – Patrick Reis

Ontem não me sentia bem. Não, não era um mal físico, mas psicológico. Sei lá, me sentia velho, de repente. E assim de repente, via que não tinha muito do que me orgulhar dos 20 e poucos anos que tinha deixado pra trás. Pelo contrário, vi que tinha deixado muita coisa pelo caminho. Sejam elas concretas ou abstratas. E assim, de repente, mesmo, me deu uma vontade louca de sair pelo mundo fazendo tudo que eu ainda não tinha feito e tentando acelerar minha vida ao máximo. Mas percebi que eu não podia fazer isso. Tenho que viver cada momento na sua hora. Meu Deus, como isso é chato, como me irrita quando não consigo fazer as coisas do jeito que eu quero. Esse é o lado ruim de ser mimado. [ponto]

Por um instante, parei, olhei pra trás e vi minha vida. E vi um vazio. Não tinha mais a família de antes e nem os amigos de antes. Não tinha mais os momentos de antes. E então pensei: Minha vida foi boa algum dia?! Não soube responder. Afinal, o que é a vida? Gonzaguinha já tentou respondê-la, mas sua resposta não me apeteceu, e muito menos acalmou meus ânimos. Para quem já está nos 50 ou 60, os 20 são os sonhos que um dia tiveram. Para quem tem apenas 10 ou 12, os 20 será a própria "freedon age". E pra mim que estou nessa idade?

Cansei de beber como um louco. Cansei de viver sem esperar o amanhã. Cansei das responsabilidades mais irresponsáveis que já tive. Cansei de sonhar, agora chegou a hora dos sonhos virarem realidade, não acha? Pois bem, acho!

Mas o que será do amanhã, caro amigo? O que será de mim, depois que me for tirado o título de "universitário"? São tantas perguntas, sem nenhuma resposta, e isso me incomoda!

Quando ouvi nos últimos instantes de 2010 os seguintes versos: "Quero saber bem mais que os meus 20 e poucos anos", nunca pensei que essas palavras caberiam tão bem a minha pessoa. Quero saber mais, quero viver mais, quero ser mais... Quero estrear os 30 com algo a mais do que a bagagem que tenho nas mãos aos 22. Quero me desacorrentar dos laços invisíveis que me unem a uma dependência que já chega a incomodar.

Incômodos e número, acho que abusei deles nesse post. Porque a idade sempre causa um transtorno a mais, sempre causa algo a mais? Quem disse que temos que fazer tudo em determinado tempo?! Ninguém, somos vítimas de nós mesmos. Nós nos impusemos essa mania de achar que 'devo estar trabalhando aos 25, casado aos 30, com filhos aos 35...'

E é nesse momento que esses números causam tanto incômodo... E dessa forma sinto que meus 20 e poucos anos vão ficando pra trás sem ao menos eu senti-los...


Visite o blog do Patrick: http://dajanelateral.blogspot.com/

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