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17 de janeiro de 2011

A falta que me faz - Luiz Felipe Gomes Ribeiro

É estranho sentir falta, acho saudade forte demais. Sentir aquela sensação boa de nostalgia, de simplesmente nada fazer apenas ficar “remoendo” o passado. Tantas lembranças, tantas coisas se passaram e apesar de muita coisa ter mudado, aqui (Brazópolis) ainda é onde eu encontro paz, paz de espírito, paz de corpo, paz de vida, paz de paz. Por mais que eu tente fingir que nada disso me importa, me importa e muito.

Aqui é o melhor lugar para eu lembrar quem eu sou, foi daqui que eu vim. Sempre achei que nunca deveria sentir falta daqui, que se sentisse demonstraria fraqueza, e eu ser fraco? Nunca poderia admitir isso. É estranho o fato de que quanto mais eu me acostumo com o novo mais falta me faz o antigo. Sinto falta de ter que implorar para minha mãe me deixar ficar 30 minutos a mais na praça num sábado à noite, e lembrando que 30 minutos a mais representava que eu chegaria em casa 22:30. Hoje em dia 22:30 estou saindo da faculdade, sinto falta de pagar 2,00 reais em um cachorro quente, hoje em dia se acho um por “cincão” já fico feliz porque “to no lucro”. Sinto falta das professoras de matemática como a Claudina e de Física como a Regina Costa. Que praticamente nos obrigava a entender a matéria, a fazer as contas e a pensar. Hoje em dia meu amigo, fico feliz de ter conseguido aprender a ligar aquela tal de calculadora HP-12C. E toda vez que vejo um FV,PV,PMT numa calculadora ou qualquer outra coisa que esteja num livro do Gitman, sinto tanta falta de Bhaskara ou de qualquer outra aula do colégio. Sinto falta de sair na rua e conhecer todo mundo, poder chamar seu vizinho pelo nome, hoje nem sei quem são meus vizinhos ou de onde eles vieram. Essas e diversas outras coisas me fazem sentir muita falta do passado, de quem eu era.

Brazópolis me proporcionou os melhores amigos que alguém possa querer ter. A melhor família, a melhor vida. Então é muito difícil olhar para trás e não sentir falta de tudo isso, acho que sentir falta não é o correto. É SAUDADE mesmo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Pois é Luiz Felipe só depois que pisamos outro chão é que vemos quanto Brazópolis nos dá saudades.Hoje são só lembranças das brincadeiras do colégio,de banho de chuva,do pé na lata na rua e do colo dos nossos pais.

Anônimo disse...

Verdade Felipe.Só depois que vem a ralação da cidade grande é que damos valor na nossa pequena Brazópolis

Anônimo disse...

até chorei de ler esse texto!!! lindo,lindo,lindo!!!
tb sinto falta de tudo isso!!!

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